As pessoas dizem que política,
futebol e fé não se discute, mas durante o nosso dia trabalhamos essas opiniões
que são particulares a cada um de nós e de certa forma no impomos sem perceber.
Quando saímos para trabalhar e entramos numa condução sem saber as condições do
trânsito, a habilidade do condutor, as condições do tempo, etc. temos fé que
tudo vai dar certo em detrimento a tudo que pode nos acontecer de errado. Ao
colocarmos uma camisa ou bandeira do nosso time favorito estamos
silenciosamente expondo nossas preferências, e de certa forma também, impondo a nossa decisão de torcer para esse ou outro time a quem está a nossa volta. Com a política não é diferente, ao pechincharmos um preço de um produto, negociarmos o
valor de um serviço, preitearmos um aumento no emprego, explanarmos nossas
qualidades no início de relacionamento, estamos sim, fazendo política.
No contexto geral política é essa
capacidade inata que temos de achar formas de melhorar a nossa relação com o
mundo a nossa volta. Fazer política sempre foi algo comum à vida de todo o ser
humano, mas acabamos não percebendo como o fato de não falarmos de política
afeta as nossas vidas. Só se envolvendo direta ou indiretamente no processo
político do nosso bairro, município, estado e país. É que vamos fazer a
diferença.
Vamos escolher um craque para nos
representar na câmera municipal, como no futebol queremos ter o melhor jogador.
Na política devemos escolher a pessoa mais qualificada para nos representar e fazer
política de uma forma profissional, já que para nós que temos nossos empregos,
cuidamos de nossas famílias e convivemos com nossos amigos, política é, e deve
ser, algo paralelo as nossas vidas.
Só a fé não basta na hora de escolher
nossos representantes no legislativo, precisamos escolher bem. Sempre mudando,
nesse caso, como na escolha de nossa profissão, cor de cabelo, tipo de roupa,
etc. Podemos também escolher e se não gostarmos, mudar.
Um período de
eleição é também um período de reflexão, é notório que o Brasil evolui muito
nos últimos anos, reflexo inerente dos últimos governos. Mas existe um equivoco
recorrente em todos os gestores e governantes que se sucedem mandatos após
mandatos. Eles ainda pensam que equipamentos resolvem problemas oriundos de
gerências ineficazes. As áreas de segurança, educação e saúde estão carentes de
uma reformulação na forma de gerir seus processos, não do aumento no número dos
equipamentos. Os números de unidades de saúde, educação e segurança são de certa
forma mais do que suficientes, o que falta é uma melhor gerência desses
equipamentos. Vou separá-los e esmiuçar suas peculiaridades para que possamos
analisar e chegar à raiz da questão. Por que mesmo com tantas UPAS, UPPs,
Escolas reformadas. Esses serviços ainda estão aquém de atender a população com
o seu merecido esmero e respeito.
Na área da
saúde temos uma tentativa muito salutar da nossa presidenta, que é a criação e
instalação das UPAS. A intenção é boa, mas dividir os poucos e mal remunerados
médicos que pertencem às redes municipais e estaduais não resolve. Mesmo com
todo o empenho dos profissionais envolvidos, o que temos são filas intermináveis
e uma demora excessiva no atendimento a população. Num serviço que deveria ser de urgência. Louvo
a intenção do governo, mas uma atitude mais simples teria um resultado muito
mais eficaz e com trabalho um pouco direcionado teriamos uma solução eficiente
e duradoura. Ao invés de gastar dinheiro construindo UPAs. Poderia simplesmente
reformular as urgências dos hospitais de referencia. E ter uma rede eficaz de Ambulâncias,
pois as que temos não funcionam bem. Se colocássemos equipes bem treinadas com ambulâncias
bem equipadas nos postos 24h existentes,
juntamente com uma rede de informação e monitoramento ligando todas as unidades
(Hospitais, Postos, Ambulâncias, etc..) em tempo real teremos um atendimento a
população mais eficaz executado de forma mais eficiente com uma diminuição
significativa de custos.
A segurança
no estado é uma espécie de convenção, a população esta realmente a mercê da
sorte em determinadas situações. Quem anda pelo subúrbio e cercanias da metrópole
não percebe a presença do estado. Pois as
forças de segurança só fazem o policiamento motorizado: Aquele caminhar entre
as pessoas, conversar com os comerciantes, observar as mudanças nas áreas as
quais são responsáveis ficou no passado. Sinto falta de ver o policial que
estava numa rua escura e me mandava ir pra casa, pois já era tarde da noite. Mais
carros não significa mais segurança, quando um policial passa de carro numa rua
ele não vê nem 10% do que acontece, podem estar roubando um carro ou vendendo
crack que passará despercebido. A volta da ronda feita por dois policiais que
nós moradores do subúrbio carinhosamente apelidamos de Cosme e Damião, seria
uma solução para o aumento da criminalidade muito mais em conta do que a compra
de uma frota de carros. Juntamente com o esquadramento da área de policiamento
dividindo e coordenando ronda nessas áreas como fazem os militares que com um
efetivo muito menor conseguem ser muito mais efetivos na guarda de áreas
extensas. A criação de grupos policiamentos específicos podem dinamizar muito o
trabalhos dos policiais, como os policiais das Praias, turistas e florestais
tem equipamentos e treinamentos específicos os de outras áreas como
policiamento no trânsito, em comunidades, centros urbanos, situações especiais
deveriam ter treinamento e equipamento especifico para exercer suas funções com
eficiência e segurança.
Na Educação a
maior falha dos governantes é não pagar os professores como eles merecem,
precisamos entender que são os professores que formaram os profissionais que
ajudarão o Brasil a crescer. Não adianta
construir faculdades, escolas, etc. Sem mudar o jeito de administrar os setores
na área da educação no país. A escola deve envolver todos num processo
educacional, que precisa conter a formação acadêmica, esportiva, profissional e
no mesmo grau de importância formar cidadãos.
Não sou o
dono da verdade, mas passei a minha vida todo consertando coisas, entender como
as coisas funcionam, ver seu potencial e seus pontos fracos é algo comum para
mim. Não precisa ser um gênio para perceber que o jeito como são gerenciados os
processos, equipamentos e pessoas que compõem a máquina pública em nosso país não funciona há
anos, os gestores que serão eleitos e serão os legítimos representantes da
população economizaram muito dinheiro público e tempo se fizerem os reparos
necessários, direcionamdo os recursos para as atividades certas. Não perpetuando
práticas obsoletas que foram criadas nos tempos coronéis e consolidadas num dos
períodos mais negros da nossa história recente que foram os anos da
ditadura. Só com coragem o homem pode
admitir que errou e só assim irá acertar.
Embora Joyce tenha vivido fora de seu país natal pela maior parte da vida adulta, suas experiências irlandesas são essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa.
Poesia
Seus primeiros poemas (Música de Câmara, 1907), líricos, de influência simbolista e feitos para serem letras de música, continham, no entanto uma visualidade e objetividade que os aproximavam do, posterior, imagismo de Pound, além do uso de arcaísmos combinados a alguns neologismos. Joyce publicará, em 1927, seu segundo livro de poesia, Pomas, um Tostão Cada, próximo da radicalidade das suas mais ousadas obras em prosa. Escreve também Ecce Puer, um poema escrito em 1932, sobre dois eventos próximos, a morte de seu pai e o nascimento de seu neto. Publica-os, juntamente com a demais obra poética, em Collected Poems (Poesia reunida), em 1936. Apesar de ser autor de um trabalho muito elogiado por poetas como o próprioPound, que o considerava um brilhante inovador do ritmo, Joyce se considerava um poeta frustrado.
O TEMPO É A SENSAÇÃO DE DETERIORAÇÃO DA ENERGIA QUE PERMEIA A MATÉRIA OU A FALTA ESTÁTICA NA CONFUSÃO DA LOCALIZAÇÃO DO ÁTOMOS.
DEVAGAR, O TEMPO TRANSFORMA TUDO EM TEMPO. O ÓDIO TRANSFORMA-SE EM TEMPO. O AMOR TRANSFORMA-SE EM TEMPO. A DOR TRANSFORMA-SE EM TEMPO. OS ASSUNTOS QUE JULGAMOS MAIS PROFUNDOS, MAIS IMPOSSÍVEIS, MAIS PERMANENTES E IMUTÁVEIS, TRANSFORMAM-SE DEVAGAR EM TEMPO. MAS, POR SI SÓ, O TEMPO NÃO É NADA, A IDADE NÃO É NADA, A ETERNIDADE NÃO EXISTE.
Sobre o autor: José Luís Peixoto é um escritor e dramaturgo português.
O ativista nasceu em Salvador, no estado da Bahia, em 5 de dezembro de 1911. Era filho
de um imigrante italiano com uma negra descendente dos haussás, conhecidos
pela combatividade nas sublevações contra a escravidão.
De
origem humilde, ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18
anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e
tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos
trabalhadores, da independência nacional e do socialismo.
Conheceu
a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas
ao interventor Juracy Magalhães. Libertado, prosseguiria na militância
política, interrompendo os estudos universitários no 3o
ano, em 1932, quando deslocou-se para o Rio de Janeiro.
Em 1o de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e
enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia de Filinto
Müller. Permaneceu encarcerado por um ano e, quando solto pela
“macedada” – nome da medida que libertou os presos políticos sem
condenação -- deixou o exemplo de uma tenacidade impressionante.
Transferindo-se
para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a
reorganização dos revolucionários comunistas, duramente atingidos pela
repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio
Vargas.
Voltaria
aos cárceres em 1939, sendo mais uma vez torturado de forma brutal na
Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, mas se negando
a fornecer qualquer informação à polícia. Na CPI que investigaria os
crimes do Estado Novo o médico Dr. Nilo Rodrigues deporia que, com referência
a Marighella, nunca vira tamanha resistência a maus tratos nem tanta
bravura.
Recolhido
aos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande pelo seis anos
seguintes, ele dirigiria sua energia revolucionária ao trabalho de educação
cultural e política dos companheiros de cadeia.
Anistiado
em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e
da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Deposto o ditador
Vargas e convocadas eleições gerais, foi eleito deputado federal
constituinte pelo estado da Bahia. Seria apontado como um dos mais
aguerridos parlamentares de todas as bancadas, proferindo, em menos de
dois anos, cerca de duzentos discursos em que tomou, invariavelmente, a
defesa das aspirações operárias, denunciando as péssimas condições
de vida do povo brasileiro e a crescente penetração imperialista no país.
Com o mandato cassado pela
repressão que o governo Dutra desencadeou contra o comunistas, Marighella
foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que
permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato.
Nos
anos 50, exercendo novamente a militância em São Paulo, tomaria parte
ativa nas lutas populares do período, em defesa do monopólio estatal do
petróleo e contra o envio de soldados brasileiros à Coréia e a
desnacionalização da economia. Cada vez mais, Carlos Marighella voltaria
suas reflexões em direção do problema agrário, redigindo, em 1958, o
ensaio “Alguns aspectos da renda da terra no Brasil”, o primeiro de
uma série de análises teórico-políticas que elaborou até 1969. Nesta
fase visitaria a China Popular e a União Soviética, e anos depois,
conheceria Cuba. Em suas viagens pôde examinar de perto as experiências
revolucionárias vitoriosas daqueles países.
Após o golpe militar de
1964, Marighella foi localizado por agentes do DOPS carioca em 9 de maio
num cinema do bairro da Tijuca. Enfrentou os policiais que o cercavam com
socos e gritos de “Abaixo a ditadura militar fascista” e “Viva a
democracia”, recebendo um tiro a queima-roupa no peito. Descrevendo o
episódio no livro “Por que resisti à prisão”, ele afirmaria:
“Minha força vinha mesmo era da convicção política, da certeza (...)
de que a liberdade não se defende senão resistindo”.
Repetindo
a postura de altivez das prisões anteriores, Marighella fez de sua defesa
um ataque aos crimes e ao obscurantismo que imperava desde 1o
de abril. Conseguiu, com isso, catalisar um movimento de solidariedade que
forçou os militares a aceitar um habeas-corpus
e sua libertação imediata. Desse momento em diante, intensificou o
combate à ditadura utilizando todos os meios de luta na tentativa de
impedir a consolidação de um regime ilegal e ilegítimo. Mas, mantendo o
país sob terror policial, o governo sufocou os sindicatos e suspendeu as
garantias constitucionais dos cidadãos, enquanto estrangulava o
parlamento. Na ocasião, Carlos Marighella aprofundou as divergências com
o Partido Comunista, criticando seu imobilismo.
Em
dezembro de 1966, em carta à Comissão Executiva do PCB, requereu seu
desligamento da mesma, explicitando a disposição de lutar
revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras
do jogo político e burocrático convencional que, segundo entendia,
imperava na liderança. E quando já não havia outra solução, conforme
suas próprias palavras, fundou a ALN – Ação Libertadora Nacional
para, de armas em punho, enfrentar
a ditadura.
O
endurecimento do regime militar, a partir do final de 1968, culminou numa
repressão sem precedentes. Marighella passou a ser apontado como Inimigo Público Número Um, transformando-se em alvo de uma caçada
que envolveu, a nível nacional, toda a estrutura da polícia política.
Na
noite de 4 de novembro de 1969 – há exatos 50 anos -- surpreendido por
uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, Carlos
Marighella tombou varado pelas balas dos agentes do DOPS sob a chefia do
delegado Sérgio Paranhos Fleury.