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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A VOLTA DA LIGA DOS JUSTOS


Um período de eleição é também um período de reflexão, é notório que o Brasil evolui muito nos últimos anos, reflexo inerente dos últimos governos. Mas existe um equivoco recorrente em todos os gestores e governantes que se sucedem mandatos após mandatos. Eles ainda pensam que equipamentos resolvem problemas oriundos de gerências ineficazes. As áreas de segurança, educação e saúde estão carentes de uma reformulação na forma de gerir seus processos, não do aumento no número dos equipamentos. Os números de unidades de saúde, educação e segurança são de certa forma mais do que suficientes, o que falta é uma melhor gerência desses equipamentos. Vou separá-los e esmiuçar suas peculiaridades para que possamos analisar e chegar à raiz da questão. Por que mesmo com tantas UPAS, UPPs, Escolas reformadas. Esses serviços ainda estão aquém de atender a população com o seu merecido esmero e respeito.   
                                                           

Na área da saúde temos uma tentativa muito salutar da nossa presidenta, que é a criação e instalação das UPAS. A intenção é boa, mas dividir os poucos e mal remunerados médicos que pertencem às redes municipais e estaduais não resolve. Mesmo com todo o empenho dos profissionais envolvidos, o que temos são filas intermináveis  e uma demora excessiva  no atendimento a população.  Num serviço que deveria ser de urgência. Louvo a intenção do governo, mas uma atitude mais simples teria um resultado muito mais eficaz e com trabalho um pouco direcionado teriamos uma solução eficiente e duradoura. Ao invés de gastar dinheiro construindo UPAs. Poderia simplesmente reformular as urgências dos hospitais de referencia. E ter uma rede eficaz de Ambulâncias, pois as que temos não funcionam bem. Se colocássemos equipes bem treinadas com ambulâncias bem equipadas nos postos 24h  existentes, juntamente com uma rede de informação e monitoramento ligando todas as unidades (Hospitais, Postos, Ambulâncias, etc..) em tempo real teremos um atendimento a população mais eficaz executado de forma mais eficiente com uma diminuição significativa de custos.

A segurança no estado é uma espécie de convenção, a população esta realmente a mercê da sorte em determinadas situações. Quem anda pelo subúrbio e cercanias da metrópole não percebe  a presença do estado. Pois as forças de segurança só fazem o policiamento motorizado: Aquele caminhar entre as pessoas, conversar com os comerciantes, observar as mudanças nas áreas as quais são responsáveis ficou no passado. Sinto falta de ver o policial que estava numa rua escura e me mandava ir pra casa, pois já era tarde da noite. Mais carros não significa mais segurança, quando um policial passa de carro numa rua ele não vê nem 10% do que acontece, podem estar roubando um carro ou vendendo crack que passará despercebido. A volta da ronda feita por dois policiais que nós moradores do subúrbio carinhosamente apelidamos de Cosme e Damião, seria uma solução para o aumento da criminalidade muito mais em conta do que a compra de uma frota de carros. Juntamente com o esquadramento da área de policiamento dividindo e coordenando ronda nessas áreas como fazem os militares que com um efetivo muito menor conseguem ser muito mais efetivos na guarda de áreas extensas. A criação de grupos policiamentos específicos podem dinamizar muito o trabalhos dos policiais, como os policiais das Praias, turistas e florestais tem equipamentos e treinamentos específicos os de outras áreas como policiamento no trânsito, em comunidades, centros urbanos, situações especiais deveriam ter treinamento e equipamento especifico para exercer suas funções com eficiência e segurança.
                                     
Na Educação a maior falha dos governantes é não pagar os professores como eles merecem, precisamos entender que são os professores que formaram os profissionais que ajudarão o Brasil a crescer.  Não adianta construir faculdades, escolas, etc. Sem mudar o jeito de administrar os setores na área da educação no país. A escola deve envolver todos num processo educacional, que precisa conter a formação acadêmica, esportiva, profissional e no mesmo grau de importância formar cidadãos.

Não sou o dono da verdade, mas passei a minha vida todo consertando coisas, entender como as coisas funcionam, ver seu potencial e seus pontos fracos é algo comum para mim. Não precisa ser um gênio para perceber que o jeito como são gerenciados os processos, equipamentos e pessoas que compõem a máquina pública em nosso país não funciona há anos, os gestores que serão eleitos e serão os legítimos representantes da população economizaram muito dinheiro público e tempo se fizerem os reparos necessários, direcionamdo os recursos para as atividades certas. Não perpetuando práticas obsoletas que foram criadas nos tempos coronéis e consolidadas num dos períodos mais negros da nossa história recente que foram os anos da ditadura.  Só com coragem o homem pode admitir que errou e só assim irá acertar.         


                                                                                                     Valdemir Costa 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A liga dos Justos - O Início


 

 
 
LIGA DOS JUSTOS
 
 
Em decorrência da cisão ocorrida na Liga dos Proscritos, a Liga dos Justos foi formada em Paris em 1836 sob a liderança de Theodor Schuster. No ano seguinte à sua criação, Schuster foi substituído por Wilhelm Weitling que a dirigiu de 1837 a 1844, tendo como colaboradores na direção da Liga: Karl Schapper, George Weissenbach, Karl Hoffmann, Henri Bauer (sapateiro), Joseph Moll (relojoeiro), Hermann Everberck (escritor) e Germann Maurer (professor).
A Liga dos Justos não ficou porém restrita à capital francesa; expandiu-se na Suíça e na Inglaterra, recebendo em cada um desses países, influências diferentes.
Na França a Liga adotou as idéias utópicas, conspirativas e igualitaristas de Saint-Simon, Fourier, Babeuf, Blanqui, Cabet e Proudhon. Na Suíça predominou as idéias de Weitling. Já em Londres, apesar da influência de Owen, a Liga terá contato com uma heterogeneidade de idéias, expressas nas trade-unions, no movimento cartista e nas concepções de vários operários fabris e exilados políticos de diversos países europeus.
Por isso mesmo, entre 1843 e 1846,  Londres mais do que em qualquer outro lugar, vivenciou uma efervescência de idéias, provocando na rejeição dos pensamentos igualitário, utópico e conspirativo, difundidos naquela época, o que determinou a afirmação de novos princípios no interior da Liga, dando lugar a uma concepção de revolução como resultado “de um longo processo que combinava propaganda, ação permanente e organização”(1), além de se passar a admitir a necessidade de uma fundamentação científica em torno de uma revolução social, preparando-se “o terreno para uma aproximação com os intelectuais que, por caminhos diversos, buscavam elaborar uma teoria crítica do socialismo” (2).
No seio da Liga do Justos em Londres, começou a amadurecer a idéia da sua reorganização, produto de uma rediscussão do comunismo em novas bases.
Finalmente em 1847 é convocado um congresso para os meses de maio e junho que deveria contar com a participação de seguidores daquelas idéias em diversos países.
Em janeiro do mesmo ano, antes portanto da realização do referido congresso, Joseph Moll, em nome da “Autoridade Central da Liga dos Justos”, inicia seus contatos com a intelectualidade revolucionária espalhada em diversos países. ocasião em que encontra-se com Marx em Bruxelas e Engels em Paris, do que resultará o ingresso de ambos na Liga dos Justos.
É nesse congresso realizado em maio-junho de 1847 em Londres, que é aprovada a conversão da Liga dos Justos em Liga dos Comunistas. 


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(1) Nogueira, Marco Aurélio. Introdução. In; MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista”. Petrópolis: Vozes, 1988.