Um período de
eleição é também um período de reflexão, é notório que o Brasil evolui muito
nos últimos anos, reflexo inerente dos últimos governos. Mas existe um equivoco
recorrente em todos os gestores e governantes que se sucedem mandatos após
mandatos. Eles ainda pensam que equipamentos resolvem problemas oriundos de
gerências ineficazes. As áreas de segurança, educação e saúde estão carentes de
uma reformulação na forma de gerir seus processos, não do aumento no número dos
equipamentos. Os números de unidades de saúde, educação e segurança são de certa
forma mais do que suficientes, o que falta é uma melhor gerência desses
equipamentos. Vou separá-los e esmiuçar suas peculiaridades para que possamos
analisar e chegar à raiz da questão. Por que mesmo com tantas UPAS, UPPs,
Escolas reformadas. Esses serviços ainda estão aquém de atender a população com
o seu merecido esmero e respeito.
Na área da
saúde temos uma tentativa muito salutar da nossa presidenta, que é a criação e
instalação das UPAS. A intenção é boa, mas dividir os poucos e mal remunerados
médicos que pertencem às redes municipais e estaduais não resolve. Mesmo com
todo o empenho dos profissionais envolvidos, o que temos são filas intermináveis
e uma demora excessiva no atendimento a população. Num serviço que deveria ser de urgência. Louvo
a intenção do governo, mas uma atitude mais simples teria um resultado muito
mais eficaz e com trabalho um pouco direcionado teriamos uma solução eficiente
e duradoura. Ao invés de gastar dinheiro construindo UPAs. Poderia simplesmente
reformular as urgências dos hospitais de referencia. E ter uma rede eficaz de Ambulâncias,
pois as que temos não funcionam bem. Se colocássemos equipes bem treinadas com ambulâncias
bem equipadas nos postos 24h existentes,
juntamente com uma rede de informação e monitoramento ligando todas as unidades
(Hospitais, Postos, Ambulâncias, etc..) em tempo real teremos um atendimento a
população mais eficaz executado de forma mais eficiente com uma diminuição
significativa de custos.
A segurança
no estado é uma espécie de convenção, a população esta realmente a mercê da
sorte em determinadas situações. Quem anda pelo subúrbio e cercanias da metrópole
não percebe a presença do estado. Pois as
forças de segurança só fazem o policiamento motorizado: Aquele caminhar entre
as pessoas, conversar com os comerciantes, observar as mudanças nas áreas as
quais são responsáveis ficou no passado. Sinto falta de ver o policial que
estava numa rua escura e me mandava ir pra casa, pois já era tarde da noite. Mais
carros não significa mais segurança, quando um policial passa de carro numa rua
ele não vê nem 10% do que acontece, podem estar roubando um carro ou vendendo
crack que passará despercebido. A volta da ronda feita por dois policiais que
nós moradores do subúrbio carinhosamente apelidamos de Cosme e Damião, seria
uma solução para o aumento da criminalidade muito mais em conta do que a compra
de uma frota de carros. Juntamente com o esquadramento da área de policiamento
dividindo e coordenando ronda nessas áreas como fazem os militares que com um
efetivo muito menor conseguem ser muito mais efetivos na guarda de áreas
extensas. A criação de grupos policiamentos específicos podem dinamizar muito o
trabalhos dos policiais, como os policiais das Praias, turistas e florestais
tem equipamentos e treinamentos específicos os de outras áreas como
policiamento no trânsito, em comunidades, centros urbanos, situações especiais
deveriam ter treinamento e equipamento especifico para exercer suas funções com
eficiência e segurança.
Na Educação a
maior falha dos governantes é não pagar os professores como eles merecem,
precisamos entender que são os professores que formaram os profissionais que
ajudarão o Brasil a crescer. Não adianta
construir faculdades, escolas, etc. Sem mudar o jeito de administrar os setores
na área da educação no país. A escola deve envolver todos num processo
educacional, que precisa conter a formação acadêmica, esportiva, profissional e
no mesmo grau de importância formar cidadãos.
Não sou o
dono da verdade, mas passei a minha vida todo consertando coisas, entender como
as coisas funcionam, ver seu potencial e seus pontos fracos é algo comum para
mim. Não precisa ser um gênio para perceber que o jeito como são gerenciados os
processos, equipamentos e pessoas que compõem a máquina pública em nosso país não funciona há
anos, os gestores que serão eleitos e serão os legítimos representantes da
população economizaram muito dinheiro público e tempo se fizerem os reparos
necessários, direcionamdo os recursos para as atividades certas. Não perpetuando
práticas obsoletas que foram criadas nos tempos coronéis e consolidadas num dos
períodos mais negros da nossa história recente que foram os anos da
ditadura. Só com coragem o homem pode
admitir que errou e só assim irá acertar.
Valdemir Costa
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